ASSALTO AO BANCO CENTRAL = O maior roubo a banco do século. Por enquanto.....


Ficha técnica:
Estrelando MILHEM CORTAZ, ERIBERTO LEÃO, HERMILA GUEDES com LIMA DUARTE como Delegado Amorim, TONICO PEREIRA, GERO CAMILO, VINÍCIUS DE OLIVEIRA, HEITOR MARTINEZ, CADU FÁVERO, FABIO LAGO, JULIANO CAZARRÉ, CREO KELLAB

Participação Especial GIULIA GAM, CASSIO GABUS MENDES, ANTONIO ABUJAMRA e MILTON GONÇALVES
Direção de Fotografia JOSÉ ROBERTO ELIEZER, ABC

Produção WALKIRIA BARBOSA e VILMA LUSTOSA
Direção de Arte ALEXANDRE MEYER

Figurino MARÍLIA CARNEIRO e ANTONIO ARAUJO

Preparadora de Elenco FÁTIMA TOLEDO

Trilha Sonora ANDRÉ MORAES

Canções Tema ANDRÉ MORAES e CHRIS PITMAN

Roteiro RENÊ BELMONTE Colaboração LÚCIO MANFREDI
Direção: MARCOS PAULO
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Quem pensa que brasileiro não sabe fazer um bom filme policial está muito enganado.

O Assalto ao Banco Central é muito bom, tem um ritmo legal e não se perde em moralismos extremados (que podia apresentar, devido o tema). Apesar de baseado numa história real, e que história,(!) - tanto o diretor Marcos Paulo, quanto os atores assumem que a obra não tem qualquer compromisso com a realidade dos fatos em si.
“... senão a gente ia ter de denunciar.... esquemas, governos... e essa não era a intenção do filme. A intenção era divertir. (palavras de Milhem Cortaz, que faz o Barão, mentor intelectual do golpe).
Além de audaciosos, os bandidos puderam contar com boa dose de sorte. O túnel cavado por eles, de 78 metros, oferecia obstáculos e armadilhas que souberam driblar, aparentemente sem ocorrência de qualquer acidente de percurso.

O filme é a história “quase verídica” do maior assalto a banco já praticado em nosso país. Desde o fato ocorrido em agosto de 2005, o assalto ao Banco Central era uma dessas histórias parecendo tiradas de um filme. Foi, certamente, um dos assaltos mais bem planejados que já houve. Seus preparativos levaram cerca de três meses e envolveram detalhes logísticos com precisão.
Recordando um pouco: em 08 de agosto de 2005, quando chegaram para trabalhar, funcionários do Bacen de Fortaleza –CE – notaram o roubo do cofre. Num golpe sensacional, foram levados quase R$ 165 milhões de reais em notas de cinqüenta, sem uso da violência e sem disparar um único tiro.
Os críticos mais exigentes não conseguem deixar de destilar seu azedume, acusando os realizadores tupiniquins de terem se baseado em produções anteriores como: ... O plano perfeito, Um dia de cão, Bonnie & Clyde, Uma rajada de balas, Onze homens e um segredo, Fogo contra fogo. Esquecem-se de que este foi o primeiro longa metragem do ator e diretor Marcos Paulo, antes conhecido por dirigir telenovelas. Marcos Paulo tem câncer de esôfago, diagnosticado precocemente no começo deste ano e encontra-se em complicado tratamento.
Particularmente, acredito que os escárnios e acusações se devem à dificuldade de origem que temos, ao lidar com aspectos simbólicos de nossa imagem refletida enquanto brasileiros. Ouso dizer que determinadas falas e abordagens, explicitas no filme, devem ter desagradado sobremodo algumas pessoas. Um exemplo claro é quando Mineiro, emergindo como um tatu, no buraco cavado com tanto sacrifício e precisão declara: _Nessas horas, me dá o maior orgulho de ser brasileiro!! Uma fala antológica! Cínica, verdadeira, provocadora, não hipócrita.

Mineiro (Eriberto Leão) é o Relações Públicas do bando, ou da Gramin, empresa de fachada criada para despistar suspeitas. Ele é bonitão, bom papo e consegue cativar as pessoas, driblando com bom humor e vivacidade qualquer situação inesperada que aconteça. Sua ficha: “Bom de papo; Péssimas intenções; Estelionatário.”

Outro artista que dá show é Tonico Pereira, no papel do intelectual “convicto” de esquerda que acaba por fazer uma “pequena redistribuição de renda” com sua parte no produto do roubo milionário.


Ele é o engenheiro civil responsável pelos aspectos técnicos da escavação. Guerrilheiro marxista-comunista, que ainda sonha com a revolução e acredita, com sua participação no roubo, estar contribuindo com a ‘questão ideológica’ . Assim como os aspectos de engenharia, todos os outros detalhes foram pesquisados milimetricamente, reduzindo ao máximo possibilidades de falhas.

Para se construir o filme foi preciso tanta pesquisa e investigação, que estas acabaram por fazer o caminho contrário, desaguando na elaboração de um livro. O Assalto ao Banco Central, dos escritores Renê Belmonte e J.Monteiro, publicado pela editora AGIR, acompanha o sucesso do filme e atualmente encontra-se na lista dos mais vendidos. No Submarino.com está entre os cinco mais vendidos e na VejaLivros entre os vinte mais vendidos na categoria não-ficção.

De volta ao “Assalto Real”, dos quase R$ 170 milhões, cerca de 1/3 foi recuperado pela polícia. Acredita-se no envolvimento do PCC (1º. Comando da Capital) no golpe, que teria utilizado parte do dinheiro nas rebeliões em presídios e nos confrontos que culminaram nas mortes de diversos policiais em maio de 2006, em SP. A arte imita a vida nesse Assalto ao Banco Central que vale a pena ser visto.

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elisilvéria

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