Nascida em Londres, Inglaterra, a 27 de fevereiro de 1932 e recém falecida a 23 de março 2011, era filha de pais americanos ( Francis Leen Taylor e Sara Viola Rosemond W.) Quando tinha 7 anos, mudou-se com a família para os Estados Unidos, em 1939, iniciando a vida cinematográfica, ainda criança, no filme: There’s One Born Every Minute (Nasce alguém a cada minuto) - em tradução livre. Logo em seguida é notada e causa admiração ao fazer um pequeno papel em Lassie (1943).
Essa futura grande atriz nasceu num período entre guerras –( I e II Guerras Mundiais) e sua vida refletiu as profundas alterações e turbulências do século XX.
Mulher bonita, com olhos de belíssima cor violeta na tela colorida, refletidos em telão Cinemascope – (recurso tecnológico que existiu de 1953 a 1967), ao longo de seus 79 anos trabalhou duro e usou as pedras de suas joias com a certeza e altivez de que fez por merecer cada uma delas. No fundo, uma mulher "simples", que usava pouca maquiagem, em contraste às muitas esmeraldas e rubis. Cada um dos papeis que aceitou fazer, trazia um pouco de sua essência. Ela cresceu com a indústria do cinema, refletindo na própria vida os seus diferentes estágios: criança, jovem, mulher apaixonada, mãe, avó, bisavó.
Na entrevista dada a LARRY KING em 2006, declarou que se identificava com MICHAEL JACKSON porque ambos não tiveram infância. Que alguém que começa a trabalhar com 9 anos (3 anos, no caso dele) – não pode viver uma infância feliz e plena. “We both had horrible childhood”, (Ambos tivemos infâncias terríveis) - declarou ela.
Alguém para se admirar
Nesses dias que sucedem seu ‘desaparecimento’, muito se tem comentado de sua vida e seus amores. Elizabeth casou-se 8 vezes, incluindo os dois casamentos com Richard Burton. Ela gostava de se casar. O primeiro casamento foi em 1950 quando tinha apenas 18 anos. Comenta-se que dos 08 maridos, o mais amado teria sido Burton, com quem, ironicamente, não teve filhos, vindo a adotar uma menina de procedência alemã, Maria Taylor Burton, em 1975.
Uma das coisas que mais aprecio na vida dessa grande estrela foi a forma como se dedicou inteiramente, sem medo, tanto ao trabalho quanto ao amor. Por exemplo, quando fez Quem Tem Medo de Virginia Wolf? (1966).
Elizabeth Taylor, sempre bela e glamurosa nos filmes até então, surpreende o público ao aparecer gorda e envelhecida, no papel escandaloso de uma megera barulhenta e furiosa. A metamorfose garantiu-lhe o segundo Oscar de melhor atriz. O papel foi uma das escolhas definitivas que fez em sua carreira, e marcaria para sempre sua vida. Para viver o personagem principal ela teve de engordar 15 quilos, o que lhe custaria parte da saúde daí em diante. Liz se doava inteiramente a um personagem, desde que ele lhe trouxesse algo mais. Por sentir que valia a pena, doou-se inteiramente a este papel que comprometeu em definitivo sua saúde já abalada. Mergulhar de cabeça no personagem Martha, veio coroar sua estratégia de envolvimento crescente em interpretações memoráveis em obras-primas dos anos 50 como: Rapsódia (1954), Assim Caminha A Humanidade (1956), Gata Em Teto de Zinco Quente (1958), De Repente, No Último Verão (1959). Quem tem medo de Virginia Woolf expôs a essência da relação entre Liz Taylor e suas personagens.
Prêmio humanitário Jean Hersholt
Em 1988, tremendamente tocada pela morte do seu grande amigo Rock Hudson, vitima da Aids, Liz cria uma Fundação que desenvolve pesquisas contra a doença, tornando-se a primeira estrela a dar um grande apoio financeiro no combate ao HIV. Por ter ajudado na arrecadação de dezenas de milhões de dólares para esta causa, foi honrada com o Prêmio Humanitário “Jean Hersholt”, em 1992, pela Academia de Cinema Americana.
Ela foi também quatro vezes vencedora do prêmio Golden Globe, além de ter recebido das mãos do presidente Clinton a segunda medalha mais importante de reconhecimento a um cidadão norte-americano, a medalha “Presidential Citizens”, oferecida pelos seus vários trabalhos filantrópicos.
Em sua trajetória como atriz, realizou mais de 50 filmes, recebeu dois Oscars e foi condecorada com título de Dama do Império Britânico. Sua vida foi marcada por importante trabalho humanitário, sete maridos, oito casamentos, duas tentativas de suicídio e um passado de lutas para a superação de problemas com o álcool e as drogas.
"Minha mãe era uma mulher extraordinária que viveu a vida ao máximo, com muita paixão, humor, e amor. Apesar de sua morte ser devastadora para aqueles que a mantiveram tão próxima e de forma tão querida, sempre seremos inspirados por sua contribuição duradoura, .......... o mundo é um lugar melhor porque minha mãe viveu nele. Seu legado nunca vai se apagar, o seu espírito estará sempre conosco, e seu amor viverá para sempre em nossos corações" , disse em comunicado o filho da atriz, Michael Wilding.
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(elisilveria)
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