Hachiko - Sempre ao seu lado



HACHIKO: A dog’s story – EUA, 2009, ganhou em português o título de SEMPRE AO SEU LADO. Elenco: Richard Gere ....... prof.Parker Wilson; Sara Roemer......... Andy Wilson; Joan allen.......... Cate Wilson; Cary-Hiroyuki Tagawa.......... Ken Jason Alexander.

Baseado em fatos reais, tocante pela simplicidade do enredo, tem competente direção do sueco Lasse Hallstrom.

Acima de tudo, Sempre ao seu Lado é uma história de Amor Sincero e grande Lealdade. Originalmente publicada em livro, se passa no Japão, mas tem carga dramática universal. A dedicação do cão a seu dono (prof. Eisaburo Ueno// Parker, na versão norte americana), tem características tão extraordinárias, que o animal veio a receber homenagem no Japão, em 1934, quando ainda vivia.


“ Todo ano em 8 de abril ocorre uma cerimônia solene na estação de trem de Shibuya, em Tóquio. São centenas de amantes de cães que se reúnem em homenagem à lealdade e devoção de Hachiko, fiel companheiro do Dr. Eisaburo Ueno, um professor da Universidade de Tóquio. A comovente história do Chu-ken Hachiko (o cachorro fiel Hachiko) rendeu um livro e um filme chamado "A História de Hachiko", mas, sobretudo, colaborou sobremaneira para que a reputação da raça se tornasse famosa em todo o mundo, além de impulsionar um apaixonado movimento de restauração e preservação da raça Akita em seu país de origem, o Japão.” Vide texto completo em: http://www.nucleopet.com.br/htms/npet42-blog-historia-hachiko-monogatari.htm

Na história verdadeira, professor Ueno morava em Shibuya, subúrbio de Tóquio, perto da estação de trem que levava (e ainda leva) o mesmo nome. Como fazia do trem seu meio de transporte diário até o local de trabalho, já era parte integrante da rotina de Hachiko acompanhar seu dono todas as manhãs. Caminhavam juntos o percurso que ia de casa à estação de Shibuya. Porém, ainda mais incrível era o fato de que Hachiko parecia ter um relógio interno, e sempre às 15 horas retornava à estação para encontrar o professor, que desembarcava do trem à tarde, para acompanhá-lo de volta a casa.

Agradam-me sobremaneira alguns recursos utilizados para atualizar o drama a fim de torná-lo mais palatável. Nessa versão moderna, temos o professor que dialoga com pessoas de origens diversas. Por exemplo, a bibliotecária é negra, enquanto o vendedor de cachorros quentes tem características nitidamente árabes – elementos que, muito provavelmente, não estão presentes na história original. Isto é Hollywood, sempre tentando dar um ar de cosmopolitismo a suas obras.

Mas voltando à história, quando o pequeno Hashi completou dois anos aconteceu a tragédia que marcaria a sua vida e também a vida daquela comunidade. Com a morte do professor, o cão infalivelmente continuava voltando à estação de trem (pela manhã e à tardinha) para esperar seu dono.


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O filme tem umas sacadas de direção bem interessantes (principalmente a trilha sonora, que dá o grau de tristeza, ritmo e persistência) e a forma como é traduzido aquele amor acaba por amolecer até os corações mais duros. Não tem como: todo mundo chora. Parece que a edição já é feita exatamente para provocar isto. Até podiam oferecer uns lencinhos de papel na entrada do cinema. A publicidade há muito descobriu que “cachorro vende”. No filme, a catarse é imediata com alguma lembrança perdida nos umbrais de nossa memória.
Uma das cenas que mais me agrada no filme norte-americano, é quando o amigo do prof. Parker, sr. Ken (Cary-Hiroyuki Tagawa) - conversa em japonês com o akita. Então declara que sabe o porquê de o animal dia após dia ter de comparecer na estação de trem. Esta é sua missão na vida e a prova definitiva de que laços invisíveis e poderosos unem a todos os seres vivos. Que todos dependemos uns dos outros e vivemos ligados na mesma vibração que nos influencia e nos leva ao crescimento espiritual ou às trevas.

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Por aqui também temos nossos heróis de quatro patas. Como prova de que esse tipo de coisa não acontece apenas no Japão, temos o caso do Bode Bito, de Riachão do Dantas, em Sergipe, que no ano 2007 foi homenageado com uma estátua em tamanho natural. Um agradecimento da cidade ao ser que ajudou a divulgar o nome da pequena Riachão nos quatro cantos da terra. Vale a pena conhecer mais de perto essa história real. In: http://noticias.terra.com.br/popular/interna/0,,OI1873987-EI1141,00.html

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eli silvéria 08set2010

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