Lançamento do novo Jornal Curumim
Será amanhã, sábado 29 de janeiro-2011, - logo após a sessão normal das 20H15, o relançamento do jornalzinho do Clube de Cinema. Para saber um pouco mais o que foi o antigo Jornal Curumim, quando circulou e o papel que representava no contexto das exibições do Clube, fomos entrevistar a sra. ROSALINA TANURI, (também chamada de Tia Rosalina) - da Comissão de Registros Históricos da Câmara Municicipal, - um dos exemplos de ‘Memória Viva’ da cidade.
Blog: O QUE ERA O JORNAL CURUMIM?
Dona Rosalina: - Era um jornalzinho que falava dos filmes que estavam passando e valorizava o CCM quando divulgava os artistas que vinham à cidade para receber prêmios e homenagens. O Clube de Cinema foi um lugar onde as pessoas que se julgavam de mais cultura gostavam de ir. Na época em que não existia televisão, sair de casa para aproveitar um momento cultural era muito importante.
Inda a pouco eu recordava que na década de 50 tinha mais festas na cidade que hoje em dia. No Tênis Clube tinha bailes durante o ano todo. Era o Baile dos Estudantes; Baile do Algodão, do Café, o Baile da Asa (de formatura de gente que se formava em aviação)..... A gente se preparava mesmo. Fazia vestidos de baile longos, dava trabalho às costureiras, que caprichavam em peças bem elaboradas.
Na época do Natal, havia Folia de Reis; as pessoas faziam um mês de festa e defronte à Prefeitura ficava o Menino Jesus por uma semana.
Blog: E O JORNALZINHO, ERA MUITO LIDO?
Dona Rosalina: - Era muito lido e comentado.
Blog: COMO SE ESCREVIA CURUMIM. ERA COM “M” OU “N” NO FINAL?
Dona Rosalina: - Foi sempre escrito com “M”.
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Tia Rosalina não soube dizer até quando teria circulado o antigo Curumim, mas aconselhou-nos a procurar pela Márcia, também da Comissão de Registros Históricos. Através dela conseguimos um exemplar de 1984. Um dos últimos a circular, este era um número comemorativo dos 32 anos de existência do CCM e trazia uma crônica chamada NARRATIVA ÉPICA DE UM HOMEM LEAL - sobre o filme SARGENTO GETÚLIO, de Hermano Pena.
Veja o que foi publicado nesse Curumim de 1984, com recado de um dos mais importantes jornalistas que o Brasil já teve:
“Continuem. Continuem e se aperfeiçoem. Façam filmes. Bons e maus. Em 8 ou 16 mm. Com ou sem som. Mas façam. Comecem já. Criem um grupo interessado e desenvolvam os trabalhos com base na troca de idéias. Interessem-se e usem os seus problemas. Não esperem recompensas. Procurem somente comunicar claramente uma idéia útil. É de idéias úteis que precisamos: em casa, na ciência, na escola, na política. Também no cinema.” (Vladimir Herzog //// Marília, 28/10/1962)
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(post elisilvéria)
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