Programação Março - 2011



CLUBE DE CINEMA DE MARÍLIA
Sala “Emílio Pedutti Filho”
Av. Sampaio Vidal, 245 / Sessões: sábados e domingos às 20h15 /
CONTRIBUIÇÃO para não associados: R$ 2,00
APOIO: SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA
blog: ccm-clubedecinema.blogspot.com


Olá amigos/as,
para o próximo mês de Março, preparamos uma Programação especial em homenagem ao dia 08 (Dia Internacional da Mulher). Alguns filmes trazem a mulher na Direção, mostrando que elas têm um olhar todo próprio ao analisar a “realidade” e lidar com situações diversas. Caso de “Sei que vou te amar”, direção Elissa Down, apresentado dia 19/mar. e de “As melhores coisas do mundo”, (26/03) brasileiro, dirigido por Laís Bodanzky.
Nesse mês, em função dos festejos de Momo, nossa programação está reduzida. Atenção, pois o primeiro filme (COCO & IGOR) – acontece no segundo sábado do mês – dia 12/março.
Bom divertimento.

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PROGRAMAÇÃO – MARÇO/2011
Dias 05 e 06/março, NÃO haverá sessões em virtude do Carnaval.

12/03/2011 Sábado - COCO e IGOR – (Chanel Coco & Igor Stravinsky); direção: Jan Kounen; Elenco: Anna Mouglalis, Mads Mikkelsen, Yelena Morozova, Natacha Lindinger, Grigori Manoukov. França; 2009; Biografia-Drama; 118 min. Sinopse: Como o título denuncia, Coco Chanel & Igor Stravinsky foca no relacionamento da francesa com o compositor russo Igor Stravinsky - então exilado na França por conta da Revolução Russa e ainda afamado pelo escândalo que fora a primeira montagem de A Sagração da Primavera em Paris. Quando conhece Stravinsky, recém-chegado a Paris como exilado da nova União Soviética, a estilista Coco oferece sua casa de campo para abrigar o músico e sua família. É o início de uma relação intensa entre os dois artistas.

13/03/2011 Domingo - DESEJO DE SER MÃE - (Nordeste) direção: Juan Diego Solanas Elenco: Carole Bouquet (Hélène); Aymará Rovera (Juana); Argentina/ França/Espanha/ Bélgica; 2005; drama; 104 min. Sinopse: Aos 43 anos de idade, depois de sacrificar quase tudo para alcançar seus objetivos na carreira, Helene, uma linda e poderosa francesa, decide mudar o rumo de sua história. Seu desejo de ser mãe a leva à parte mais remota da Argentina, à procura de uma criança para adotar. Lá ela descobre o Nordeste, uma região deserta onde a beleza do campo contrasta com a miséria, a violência e a corrupção, mas descobre também a amizade e as carências de um povo. Helene está frente a frente com uma realidade que desconhecia, mas determinada a realizar seu grande desejo.

19/03/2011 Sábado - SEI QUE VOU TE AMAR – (The Black balloon) Direção: Elissa Down. Elenco: Rhys Wakefield, Luke Ford, Toni Collette, Erik Thomson, Gemma Ward. Austrália/Reino Unido; 2008; drama; 97 min.; 14 anos. Sinopse: Thomas Mollison é um jovem de 16 anos que quer apenas ter uma vida normal. Seu irmão mais velho, Charlie, tem autismo e TDAH e o funcionamento de toda sua família gira em torno de lhe oferecer um ambiente de vida seguro. Ao se mudar para uma nova casa e uma nova escola, Thomas conhece Jackie Masters e começa a se apaixonar por ela. Quando sua mãe fica confinada à cama devido à gravidez, Thomas deve assumir a responsabilidade de cuidar de seu irmão, o que pode custar sua relação com Jackie.

20/03/2011 Domingo - MADEMOISELLE CHAMBON – Direção: Stéphane Brizé. Elenco: Vincent Lindon, Sandrine Kiberlain,Aure Atika, Jean-Marc Thibault, Arthur Le Houéro. França; 2009; drama; 101 min., Livre Sinopse: Pode não parecer, mas o filme francês “Mademoiselle Chambon”, é um romance. Uma obra silenciosa, que se apoia muito nas sensações, passadas pelos olhares dos atores Vincent Lindon e Sandrine Kiberlain (os dois em soberbas atuações) e que retrata com perfeição aquele momento em que duas vidas são impactadas por um encontro inesperado. Jean (Lindon) trabalha com construção civil, é casado e pai de um jovem menino. Verónique Chambon (Kiberlain) é a professora do filho dele. Os dois se conhecem quando Jean precisa pegar o garotinho mais cedo, na escola, após a mãe se acidentar no trabalho. De um encontro fortuito, nasce o convite para que Jean participe de uma aula falando às crianças sobre a sua profissão. E, de encontro em encontro, de descoberta em descoberta, vemos os dois cada vez mais atraídos um pelo outro.

26/03/2011 Sábado - AS MELHORES COISAS DO MUNDO – Direção: Laís Bodanzky Elenco: Francisco Miguez, Fiuk, Denise Fraga, Zé Carlos Machado. Brasil; 2010; drama; 107 min. Sinopse: Escrito por Luiz Bolognesi, parceiro habitual (e marido) de Bodanzky, o roteiro é uma adaptação da série de livros “Mano” concebida por Gilberto Dimenstein e Heloísa Prieto. Focando no “Mano” do título, vivido pelo estreante Francisco Miguez, o longa acompanha os jovens alunos de uma escola secundária de São Paulo que, filhotes da classe média, se preocupam em experimentar as primeiras tentações do mundo adulto: bebidas, entorpecentes e, claro, o sexo. Mas se estas descobertas vêm atreladas aos percalços da adolescência moderna, como bullying e fofocas cruéis espalhadas via Internet, surgem também beneficiadas por uma sociedade bem mais liberal, na qual pais e filhos, mais do que “senhores” e “moleques”, mantêm relações bem mais próximas e confessionais do que no passado.

27/03/2011 Domingo - FILHOS DO PARAÍSO - (Bacheha-Ye aseman); Direção: Majid Majidi. Elenco:Mohammad Amir Naji, Amir Farrokh Hashemian, Bahare Seddiqi, Nafise Jafar-Mohammadi. Irã; 1997; drama; 88 min. Sinopse: Ali é um menino de 9 anos proveniente de uma família humilde, que vive com seus pais e sua irmã, Zahra. Um dia ele perde o único par de sapatos da irmã e tentando evitar a bronca dos pais, passa a dividir seu próprio par de sapatos com ela, com ambos revezando-o. Enquanto isso, Ali treina para obter uma boa colocação em uma corrida que será realizada, pois precisa da quantia dada como prêmio para comprar um novo par de sapatos para a irmã. “Filhos do Paraíso" concorreu ao Oscar de filme estrangeiro ao lado do vencedor "A Vida é Bela" e "Central do Brasil".

Agradecimentos: à Bimatos (3422-5766) e Canal 10 Videolocadora (3454-9038
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(elisilv.)

Flâmula CCM; antigas lembranças



Nessa retomada das atividades do nosso "Clube" temos tido alguns reencontros e
várias surpresas mais que agradáveis. Rever amigos distantes e poder recordar momentos (históricos inclusive)-da vida vivida em comum é o que dá sentido à nossa existência e nos mantêm de pé.
Dessa forma, queremos agradecer o gesto carinhoso do professor MARCOS CONFORTI, antigo membro, que mui gentilmente compartilha conosco a lembrança de um "prêmio" recebido por seu pai no 1o. Festival de Cinema da cidade, em 1960. Eis o que diz o prof. Conforti:

" Esta pequena flâmula-pin foi usada por meu pai. Que tal publicar no site como curiosidade? Eu já a inseri na minha pág.do FACEBOOK. Abraços,
Dr. Marcos Conforti "
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As flâmulas foram objetos de marca e distinção bastante utilizadas durante vasto momento da vida brasileira.
E você, tem alguma lembrança ou objeto "daqueles tempos" que gostaria de compartilhar conosco? Se tiver,não se acanhe. Entre em contato e teremos prazer em divulgar.
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elisilvéria

MONTANHA CEGA - violência em todos os sentidos


“A naturalização de extremos leva ao predomínio da tradição, quando faltam elementos para questionar e combatê-la.”

Montanha Cega (Mang shan)



China (República Popular da)

2007

Gênero: Drama


Duração:
99 Min. Produtora: Europa Filmes Direção: Yang Li Elenco: Huang Lu



Pode não parecer, mas o ser humano está evoluindo.

Antes, a escravidão era um regime universalmente aceito, explicado por motivações políticas, econômicas, e até mesmo pelo determinismo geográfico ou das “raças”. No século XIX era comumente aceito que o progresso de uns estivesse assentado sobre a exploração de outros.

A história é um processo dinâmico e desde meados do século XIX deixou de ser considerado de bom tom ser identificado como traficante de seres humanos. Até mesmo o Brasil, cedendo a pressões internacionais, abandonou oficialmente aquelas práticas, sendo um dos últimos países do mundo ocidental a conseguir superar tais limites. Contudo, na China, início dos anos 1990, essa indignidade persistia.

Aqui começa a história de BAI XUEMEI, retrato da escravidão moderna. Jovem, recém formada na universidade, ela deixa o lar paterno com intenção de ir trabalhar numa província distante. Pouco depois, percebe, de forma brutal, ter sido enganada pelo pseudo contratador, para vir a ser apenas mais um número estatístico dentre as mulheres seqüestradas para serem “esposas”. Bai Xuemei é recém-formada e não consegue encontrar emprego. Ela conhece uma jovem mulher que a apresenta ao Gerente Wu, sendo contratada para viajar com eles para vender ervas medicinais em uma aldeia no norte da China, onde imperam as relações patriarcais.

MONTANHA CEGA é quase um documentário. Cenas duras e realistas de uma China pós Revolução Cultural, que se mantém encoberta , revelando muito pouco de si mesma. O país, nos anos 1980 incentivou casais a diminuírem o número de filhos, o que levou à preferência por bebês do sexo masculino. Parêntese: no filme vemos o que acontece a um bebê menina (provavelmente indesejado...) Mas isso, é claro que eu não vou contar... Diante do excesso de homens e da falta de mulheres, em determinado momento o inevitável iria acontecer.

Na China, a preferência dos pais pelo filho de sexo masculino é uma tradição profundamente arraigada, desde a idade feudal. No filho homem concentra-se a responsabilidade de manter os pais quando idosos, de possibilitar-lhes um enterro solene, de fazer as oferendas sobre os túmulos deles para as necessidades após morte, conforme a tradição confuciana. Somente o filho homem é o único herdeiro dos bens da família. (extraído do site http://www.pime.org.br/mundoemissao/demografiaunico.htm)

Nesse filme, o que mais me tocou não foi a frieza da comunidade do entorno, quando preferia não tomar conhecimento do sequestro e servidão a que muitas jovens eram submetidas. Ainda mais emblemático é que TODOS -na aldeia e na cidade- pareciam saber, mas preferiam a "naturalização” do extremo, em prol da hegemonia da cultura e tradição, negando-se a buscar elementos novos que questionassem aquilo que existia desde sempre. Entendiam ser NATURAL recorrer a um crime, desde que ele apontasse para a solução de um PROBLEMA comum de todos. Mas a noção de crime, erro, pecado, também é relativa.

Produção barata em enredo simples com atuação competente de HUANG LU, que encarna a jovem raptada e consegue transmitir grande carga dramática a seu personagem, que jamais desiste de lutar contra tudo para reaver o bem supremo: a Liberdade. A cena final é surpreendente e acabou provocando um risinho (nervoso, talvez?) de alguns expectadores.

òtimo o texto consultado: “CHINA: A tragédia do filho único”. Ver site acima.

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(elisilvéria)



O CURUMIM - Fotos do relançamento

Faixa na entrada do CCM








Dr. Carlos (ao centro), um dos colaboradores da 1a. edição







O Curumim - Ed. de reestreia - jan/fev.2011


dona Nair Zafred, a homenageada da 1a. edição








Todas as fotos aqui postadas foram gentilmente cedidas pelo fotógrafo FELIPE SELLES, a quem
agradecemos de coração. O álbum completo está no Facebook de Felipe.